A CRIANÇA: POEMAS PSICANALÍTICOS
Criança
sujeito desejante
e de direitos
por vezes, ignorante
É dito muita coisa na frente da criança
que não devia
Ela se vira com o que é silenciado
A criança poupada das palavras
que são feias demais para seus ouvidos pueris
O dito violenta
O não dito também
Onde haverá encontro?
A criança, tão ignorante
Anseia aprender
aprende o que deve
e o que não deve fazer
Anseia tanto, faz o que pode
Às vezes menos
menos do que deveria
A criança, tão ignorante
poderia ouvir as piores verdades
apenas de quem pode confiar
profundamente