Psicanálise é uma forma de compreender os processos psíquicos e, portanto, lidar com a ampla variedade de expressões do sofrimento humano. Entre tantas abordagens psicológicas, seu diferencial é considerar relevância ao inconsciente ou, dito de outra forma, considerar que as coisas podem não ser o que parecem.
Na imagem acima, René Magritte (1928) cria um conflito entre imagem e texto. Psicanálise lida exatamente com isso: fazemos ou dizemos algo, desejando dizer ou fazer outra coisa. O conflito existe por causa da realidade, que se expressa de muitas formas e quase sempre não é igual pra todo mundo. Assim, quem aposta numa análise, aposta em se questionar sobre as próprias certezas, não meramente de forma racional e solitária, mas sim considerando os afetos, o corpo e a presença de um analista que interpreta o que é singular em cada um – o que demanda muita técnica, inclusive.
Freud, em Conferências introdutórias sobre psicanálise (1917), disse que não somos senhores em nossa própria casa. Isso significa que existirá sempre uma partezinha nossa que será estranha a nós mesmos, mas estará lá, influenciando. Convenhamos, isso pode causar uma bagunça danada.
Psicanálise não busca ajustar ninguém, mas ajuda o sujeito a ajustar-se a si mesmo, ou conseguir enxergar melhor as partes de si. Assim, as escolhas pessoais podem ser mais conscientes, mais integradas, melhor endereçadas a quem (ou o que) se deve…
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